Aqui existiu uma florestaPor Eduardo Galeano.Milagre na selva amazônica: no ano de 1967, um grande jorro de petróleo brotou do lago Agrio..A partir de então, a empresa Texaco se sentou à mesa, guardanapo no pescoço e garfo na mão, se fartou de engolir gás e petróleo durante um quarto de século, e cagou sobre a floresta equatoriana setenta e sete bilhões de litros de veneno..Os indígenas não conheciam a palavra contaminação..Aprenderam-na quando os peixes morriam de barriga para cima nos rios, as lagoas ficavam salgadas, as árvores das margens secavam, os animais fugiam, a terra já não dava frutos e a gente nascia doente..Muitos presidentes do Equador, todos acima de qualquer suspeita, colaboraram com essa tarefa, que foi desinteressadamente aplaudida pelos publicitários que a exaltaram, os jornalistas que a decoraram, os advogados que a defenderam, os especialistas que a justificaram e os acadêmicos que a absolveram..Retirado de Los hijos de los días, Ed. Siglo XXI, Buenos Aires, 2012.
A data de 21 de maio foi escolhido como o dia internacional #antichevron diante da magnitude do crime ambiental cometido pela Chevron-Texaco no Equador. A petroleira foi condenada a pagar 9,5 bilhões de dólares na justiça equatoriana e, até hoje, se recusa a cumprir a sentença.
Foram contaminados 480 mil hectares de floresta amazônica e mais de trinta mil pessoas aguardam justiça. A transnacional retirou todos os seus ativos do país e agora as pessoas atingidas procuram o cumprimento da sentença em outros países.
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Participe da campanha!
No site Chevron Toxico, há bastante material em inglês e, no portal, Texaco Tóxico em espanhol.
#antichevron #chevrontoxico #texacotoxico
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Saiba mais sobre o caso e seu desenrolar no Brasil por meio da FASE:
- Atingidos pela Chevron no Equador cobram reparação de danos ambientais, sociais e culturais na Justiça brasileira. Petroleira se recusa a pagar indenização de US$9,5 bilhões aos prejudicados por suas atividades da Amazônia. Como a empresa não tem mais bens no Equador, atingidos recorrem à Justiça de outros países onde a Chevron possui empreendimentos, dentre eles o Brasil.
- A primeira sentença a favor de indígenas e colonos equatorianos prejudicados pelos danos ambientais causados pela Texaco (atual Chevron) nas províncias de Orellana e Sucumbíos completou 5 anos (14 de fevereiro) e até agora nada de pagamento.
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