Futebol. Poder. Crise.

O futebol do sul da Europa joga contra a crise econômica. Publicação coloca em discussão situação dos clubes no contexto da crise política e econômica nos países do sul da Europa
Por Martin Ling* 
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O dia 15 de setembro de 2008 tornou-se um marco: nessa data, o banco de investimento norte-americano Lehman Brothers declarou-se insolvente em virtude da crise financeira causada por especulações imobiliárias. Devido à integração mundial dos bancos, a crise rapidamente se espalhou pela Europa, deixou as casas bancárias em uma situação difícil e obrigou os Estados a nacionalizarem as dívidas dos bancos para impedir a implosão do sistema financeiro, em certo sentido um desastre do capital bancário por uma ruptura das cadeias de crédito.
capa-futebol-poder-criseA nacionalização das dívidas bancárias foi acompanhada por um aumento do endividamento estatal. A crise da dívida pública se deu em consequência da crise bancária, que não pode ser confundida de forma alguma com a Crise do Euro, pois a moeda em si manteve estável sua relação global com o dólar norte-americano e o iene, e a inflação da Zona do Euro esteve oscilando em limites moderados.
Essa crise da dívida pública desencadeada pela crise bancária ainda não terminou, embora o esfacelamento da Zona do Euro não seja, atualmente, considerado um cenário provável. (…) A presente análise tratará dos efeitos da crise em três países do sul da Europa sobre um bem cultural altamente estimado (não apenas) por eles: o futebol. Seja na Grécia, na Itália ou na Espanha, o entusiasmo pelo futebol é gigantesco, mesmo que não se expresse necessariamente nos números de expectadores. Falta de dinheiro, violência e corrupção são os motivos que têm levado os torcedores de futebol mais do que nunca a refletir se podem e querem pagar o preço dos ingressos. Portugal ficará de fora, pois ultrapassa o escopo desta análise. A seguir, será exposto um breve panorama sobre o desenvolvimento econômico dos três países nos últimos anos, seguido de uma rápida avaliação de sua situação no âmbito do futebol profissional.
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* Martin Ling formou-se em Economia com especialização em América Latina e teoria do desenvolvimento em Berlim. Desde 2000 trabalha no jornal neues deutschland, como editor internacional com enfoque especial na África, na América Latina e na política Norte-Sul.

Futebol. Poder. Crise.
Ponto de debate – Número 3, novembro de 2015
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Autor: Martin Ling
Tradução: Petê Rissatti
Projeto Gráfico: Fabiano Battaglia
Ilustração: Caco Bressane
ISSN 2447-3553
Ponto de debate é uma publicação editada pela Fundação Rosa Luxemburgo como apoio de fundos do Ministério Federal para a Cooperação econômica da Alemanha (BMZ). Abre espaço para o debate de temas sob a diretriz Bem Viver no Brasil e no Cone Sul: Direitos humanos e da natureza na perspectiva de transformação, justiça social e justiça ambiental.

 
Leia também: Futebol e política, uma discussão necessária

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